É um quarto cheio de beleza e principalmente luz. Há relógios de todos os gêneros e gostos fazendo o costumeiro “tic tac” em velocidades diferentes, o que para muitos chega a ser irritante. Os relógios são grandes, pequenos, de transporte, pendurados nos espaços entre as estantes ou em pé nas mesas. Só que o objeto mais curioso dali se encontra no extremo oposto da sala. Trata-se de uma enorme redoma de cristal, e é dali que vem toda a luz proveniente do quarto. A campânula está sobre uma mesa e parece estar cheia de um vento ondulante. Dentro do vidro, subindo e descendo em uma corrente brilhante, um pequeno objeto se move em um circuito infinito. O objeto é um beija-flor pequeno, mas ele nem sempre é um pássaro. Na parte inferior do seu circuito, o pássaro está dentro do seu ovo. Quando ele sobe, o ovo se desfaz e ele se transforma em um pássaro amadurecido, no momento em que atinge o ápice de sua trajetória. No caminho de volta para baixo, torna-se um pássaro jovem e depois entra novamente em seu ovo, que se forma em torno dele. Algo magnífico. É o local de estudo dos diversos feitiços e objetos mágicos que envolvem o tempo, por isso vive lotada de vira-tempos, ampulhetas e relógios, alguns até desmontados ou montados com outros objetos, não é um local aconselhável para se tocar nas coisas. Ali perto há uma porta que leva para outra sala.